quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Estou Voltando!

Saudações!

A longa Era das Trevas está chegando ao fim...

Em breve estarei postando novos conteúdos!

Abraço!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amostra # 20


Esta foi minha tentativa de criar uma letra em formato sertanejo. Por não ser algo ao qual eu esteja habituado, acho que ficou até razoável, sim. Imaginem esta letra cantada naquele estilão sertanejo clássico, antigo - e não no quase pop que o estilo se converteu nas últimas décadas... e tirem suas conclusões. E comentem, claro. Abraço!


SEU AMOR AGORA VEIO


É triste ver um amor fingido

Sustentado por dinheiro

É como se houvesse algum sentido

Em amar um travesseiro


O amor que está vendido

Não é aquele verdadeiro

Pois este ainda é dirigido

A um antigo companheiro


O sofrimento escondido

Atormenta o dia inteiro

E o choro é permitido

Só debaixo do chuveiro


Seu sofrimento

É devido

A um casamento

Interesseiro

Mas nem tudo está perdido

Seu amor agora veio


(pré-refrão):


Ela ainda o ama

Amor escondido

Ele sente


Quando faz amor na cama

Com eu marido

Ela mente


(refrão)


Se o momento se torna bandido

E repelente fica o suor

O prazer não é mais obtido

A relação não tem mais sabor


Se o silêncio rompe os gemidos

E um frio súbito apaga o calor

O movimento é interrompido

É uma trégua no ato de amor


E após o compromisso cumprido

A obrigação, a tarefa, o labor

Se banhar no chuveiro aquecido

É só o que lhe permite se recompor


(intervalo longo)


(pré-refrão)


(refrão)


(intervalo curto)


Se seu medo puder ser vencido

E ela olhar ao redor sem temor

Verá só uma vida sem sentido

Sem estar com quem lhe dá valor


E esse alguém não é um desconhecido

Quem lhe busca é um sofredor

Cujo amor foi correspondido – e depois repelido

Causando uma enorme dor


(encerramento)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Amostra # 19

Com certeza, escrita num momento de depressão em algum ponto dos anos oitenta... alguém deve ter pisado na bola feio comigo minutos antes que eu traçasse as linhas abaixo, rsrsrs...


DESILUSÃO


Quando precisei

Não apareceu um só

Quando confiei

Ninguém teve dó


Eu procurei

Eu pedi, eu supliquei

Mas não me deram atenção

O resultado

Fiquei acorrentado

Em uma arrasadora desilusão


(refrão 1):


Desilusão

Fortemente sentida

Desilusão

Agora reina em minha vida

Desilusão

Jamais será esquecida

Desilusão

Estou no ponto final

No maior baixo astral

E não encontro saída


(intervalo médio)


Quando busquei

Ninguém deu abrigo

Quando notei

Não tinha um amigo


Eu implorei

Eu insisti, eu roguei

Mas não me deram uma mão

Desapontado

Fiquei mergulhado

Em uma revoltante desilusão


(refrão 2):


Desilusão

Fortemente sentida

Desilusão

Agora reina em minha vida

Desilusão

Jamais será esquecida

Desilusão

Nada mais é legal

Eu fiquei muito mal

E não encontro saída


(intervalo médio)


(refrão 1)


(refrão 2)


Desilusão

Não encontro saída


(encerramento)

Amostra # 18

A letra abaixo tem tudo a ver com a paranóia que nos afligia na época da Guerra Fria. Reflexo dos tempos em que a escrevi - daí vocês podem sacar como o negócio é antigo, e como demorei pra decidir fazer algo com meu material arquivado... mesmo que seja simplesmente postar na internet e nada mais...


APOCALIPSE


(narração):


Tudo estava calmo naquele fatídico dia...

Quando...


(começo):


Sem aviso, o solo tremeu

O povo todo se assustou

Um trovão os ensurdeceu

E cada um com toda a força gritou


Uma horrível cena apareceu

Cada coração acelerou

Pois todo o mundo logo reconheceu

Aquela imagem que os apavorou


Um cogumelo de fumaça no horizonte surgiu

E esta foi a ultima coisa que aquela gente viu!


(refrão):


A AA A Apocalipse!

Carnificina

Catástrofe insana

Será esta a sina

Da raça humana?

A AA A Apocalipse!

Hecatombe

Cruel, inclemente

Não zombe

Pode estar à sua frente

A AA A Apocalipse

Cataclisma

Sem piedade

Não é cisma

É realidade

A AA A Apocalipse

Genocídio

Sem necessidade

O suicídio

Da humanidade

Apocalipse! Apocalipse! Apocalipse!


(intervalo médio)


Me conformar não consigo

Maldição nuclear!

Será que um dia o perigo

Vai terminar?

Ou finalmente um abrigo

Antinuclear

Como um justo castigo

Será nosso lar?


(repete refrão)


(intervalo curto)


Destruição

Sem razão

Pelo apertar de um botão


Vidas

Perdidas

Por causas nas quais não estão envolvidas


(repete refrão)


Apocalipse! Apocalipse! Apocalipse!


(encerramento)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Amostra # 17


VIAGENS PARTICULARES


Penso

Em rosas que saltam

Com ângulos que ressaltam

O colorido das emoções

Que ao redor das visões

Às vezes faltam


Penso

Em chuvas que nunca molham

Enquanto chances desfolham

Entre as teias da sensação

Que escorrem na solidão

Das almas que me olham


(pré-refrões 1):


Eu quero colher muito som e em um grande barril guardar

Eu quero toda a sombra que está aqui no ar

Eu quero poder assimilar

A metafísica


(refrões):


E nas vezes em que flutuo

Entre as rochas de algodão

Nem me indague se recuo

Por sentir confusão

Então desvio do gelo

Que cuspiu o vulcão

E fica verde meu pelo

Entre cada erupção


E eu sempre me pergunto

Onde rasteja o avião

E o tempero que vem junto

Tem sabor de gratidão

A planta acorda e avança

Faz um tapete no salão

Quando a mente afia a lança

Que acaricia o coração


(intervalo médio)


Penso

Em coisas que não conheço

Determinando cada preço

Não me fogem da percepção

Só são invisíveis à razão

Mas sei que as mereço


(pré-refrões 2):


Eu quero entrar no ritmo das folhas que a maré alta faz balançar

Eu quero deitar na rede pra aprender como voar

Eu quero em perfeita sintonia entrar

Com a Natureza


(repete refrões)


(intervalo longo)


(repete pré-refrões 1 & 2)


(repete refrões)


(encerramento)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Amostra # 16

Temos aqui mais uma letra antiga reformulada. Fala sobre a natureza humana de uma forma não muito lisonjeira, então talvez incomode quem é mais propenso a ter uma perspectiva positiva e otimista sobre seus irmãos de espécie. Mas uma olhada para o mundo ao redor com a visão limpa de opiniões pré-concebidas mostra claramente a triste realidade de que no coração dos homens o mal tem mais facilidade para se arraigar do que o bem - e na absoluta maioria de nós ambas as forças latentes dividem espaço em um constante cabo-de-guerra. Princípios altruístas e egoístas convivem simultaneamente em nosso âmago, cada qual tomando a frente no momento em que circunstâncias devidamente propícias geram o estímulo necessário.


S.O.S.


Vida selvagem

Guerrilha constante

Testar a coragem

A todo instante

Contra o que nos ronda a todo o instante


Selva urbana

Conspiração rural

Natureza humana

Inserindo o mal

Em cada canto que alcança esse animal


(pré-refrão):


Raça de canibais que se consomem, se comem

Este é o apetite insaciável do homem

Frios e vorazes, tanto se ferem

E eles também me querem!


(refrão):


S.O.S.

Socorro, me resgatem

Ando com medo de que os predadores me matem

S.O.S.

Socorro, me protejam

Temo que meus irmãos caçadores me vejam


(intervalo curto)


Rivalidade feroz

Competição de frieza

Cada um de nós

É uma presa


Servir o outro num prato

Sobre a mesa

É essa de fato

Nossa natureza


(pré-refrão)


(refrão)


(intervalo médio)


(pré-refrão)


(refrão)


(refrão)


S.O.S.

S.O.S.

S.O.S.


(encerramento)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Amostra # 15


Quando escrevi esta letra, décadas atrás, ainda não havia experimentado uma situação como a descrita abaixo. Mas depois, claro, fui tendo meus muitos motivos para pequenos - e grandes - lamentos.



PEQUENO LAMENTO


Foi tão forte essa paixão

Foi tão forte o que senti

É por isso que agora canto esta canção

Que eu mesmo escrevi


Na duradoura relação

Que com ela eu reparti

Jamais pude imaginar que fosse uma ilusão

Sem lutar eu sucumbi


(refrões):


Por isso eu faço este pequeno lamento

Desabafar essa agonia que tanto me aflige é o intento

Quero mostrar a todos a razão desse tormento

Tarefa onde uso mais emoção do que talento


Por isso eu faço este pequeno lamento

Saibam que meu coração não é feito de cimento

Essa tristeza que eu relato não é coisa do momento

Há muito que ela me domina em cada pensamento


Por isso eu faço este pequeno lamento

Não é fácil descrever minha dor ao mundo, mas eu tento

Ainda não sei como expressar todo meu sofrimento

São apenas palavras – levadas pelo vento


(intervalo curto)


Foi tão forte que abalou

Minha vontade de viver

Até agora não percebo o que nos separou

Mas pra quê quero saber?


O paraíso desmoronou

E nada eu pude fazer

Tão profundas são as marcas que isto deixou

Jamais vão desaparecer


(refrões)


(intervalo médio)


(repetir tudo)


(encerramento)